Vila Olímpia | |
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Bairro de São Paulo | |
Fundação | Década de 1950 |
Estilo arquitetônico inicial | Brutalista |
Estilo arquitetônico predominante | Pós-contempôraneo |
Zona de valor do CRECI | Zona B |
Distrito | Itaim Bibi |
Subprefeitura | Pinheiros |
Região Administrativa | Oeste |
Vila Ipojuca é um bairro da região oeste de São Paulo, próximo do Alto da Lapa e da Vila Romana. A localidade apresentou grande crescimento imobiliário nos últimos anos, embora ainda preserve o jeito de “bairro” que tanto atrai moradores como visitantes.
Pertence ao distrito da Lapa e administrado pela Subprefeitura da Lapa. Em virtude da industrialização de São Paulo e das proximidades com as estradas de ferro Sorocabana e Santos Jundiaí, a Lapa como um todo cresceu e passou a receber migrantes e também imigrantes, sendo estes logo após a I Guerra Mundial. A partir de 1921 os primeiros loteamentos na Vila Ipojuca começam a ser vendidos e ocupados. Seu conjunto de colinas e pequenas várzeas com córregos ofereceu até meados dos anos 1930 água límpida e farta, mas o atraso do poder público em atender às reivindicações dos moradores e construir sistema de saneamento e caixa d´água comprometeu os poços e nascentes. Assim como a Vila Anastácio, a Ipojuca foi fortemente ocupada por imigrantes do Leste Europeu, em especial húngaros. Teve times de futebol formados só por "hungareses" (sic), como se autodenominavam. Desde a segunda década do século XXI, sua paisagem sofre mudanças com a verticalização.
O relevo do bairro, composto por pequenas colinas, suas ruas arborizadas e tranquilas, várias praças, proximidade da Vila Madalena e Pinheiros e o fácil acesso às Marginais trouxeram inúmeros empreendimentos, muitos deles assinados por arquitetos de renome, a exemplo do Edifício 360, do Árbol, Flora e Nido, todos eles lançados pela Idea Zarvos, do Trust Alto da Lapa e do CUB Tonelero. A tendência foi inclusive reconhecida pela grande imprensa, que ilustra a vocação e semelhança do bairro com a Vila Madalena.https://www1.folha.uol.com.br/sobretudo/morar/2016/10/1825171-bares-e-lojas-dao-ar-de-vila-madalena-a-pacata-vila-ipojuca.shtml
Enquanto isso, moradores antigos lutam por preservar a identidade e os patrimônios materiais do bairro.[1]
O termo "Ipojuca" vem do dialeto tupi, yapó-yuca, que significa riacho ou brejo. Os primeiros arruamentos foram abertos por Luis Pereira de Queirós, o mesmo contratou um topógrafo de Pernambuco, que viu algumas semelhanças com sua terra natal. Logo depois, a Vila Ipojuca crescia com a chegada de Imigrantes dos Bálcãs, italianos, espanhóis e brasileiros vindos do campo e de outras partes do país dispostos a deitar raízes na área remota da Lapa, pegada ao Espigão Central geológico paulistano, onde as colinas e as várzeas, como terrenos alagáveis formam conjunto topográfico bem trabalhado pelos primeiros moradores do bairro.[2]
O bairro abriga o ponto de ônibus mais antigo em funcionamento da cidade de São Paulo. Situado na praça Cel. Cipriano de Morais, o abrigo de passageiros que é um dos símbolos da região, tem estrutura de concreto, teto abaulado e seis pilares em V. Foi construído em meados da década de 1950 pela Divisão de Engenharia e Obras da antiga Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC), que operava linhas de ônibus locais e gerenciou o sistema de transportes públicos até 1994. O ponto é reconhecidos como ícone da história social da cidade de São Paulo.[3]
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Fontes:
Santos, Wanderley. Lapa. Coleção História dos Bairros de São Paulo. São Paulo: Secretaria Municipal da Cultura, 1980.
Segatto, J. (org). Lapa: evolução histórica. São Paulo: DPH, 1988.
Acervo do Museu da Lapa Miguel Dell´Erba
Sucesso!