Segundo maior bairro do Recife, as terras que hoje correspondem à Várzea foram as primeiras a serem repartidas entre os colonos portugueses no início da ocupação de Pernambuco, ainda no século XVI. Nessa área, chamada várzea do Capibaribe, foi cultivada a cana-de-açúcar em terras férteis e água em abundância, onde chegaram a funcionar 16 engenhos de açúcar em plena atividade. O açúcar produzido era transportado em pequenas embarcações pelo rio Capibaribe, até chegarem ao porto do Recife.
As águas cristalinas do rio atraíam banhistas de toda a região, por acreditarem que aquele banho tinha poder de cura. As terras da Várzea também são de imenso valor histórico: muitos dos planos de revolta contra os holandeses eram discutidos em um de seus engenhos e, além disso, é ali que está sepultado o corpo do índio Felipe Camarão, um dos heróis populares das batalhas de expulsão dos holandeses. Hoje em dia, a Várzea é um bairro residencial e de forte atividade cultural, principalmente em sua praça.
É também uma região que concentra intelectuais, acadêmicos e estudantes, por conta do principal campus da UFPE, que fica localizado ali. Entre suas principais edificações, estão o ateliê de Francisco Brennand, o Cemitério da Várzea, igrejas, fábricas, e o Instituto Ricardo Brennand, considerado um dos museus mais importantes do Brasil.
Sucesso!