Com um passado que mistura disputas territoriais e desenvolvimento urbano, a Torre é um bairro que preserva sua essência histórica e cultural.
Localizado na zona norte do Recife, o bairro da Torre surgiu nas terras de uma antiga sesmaria abandonada. No século XVI, o colono português Marcos André adquiriu a área e fundou um engenho de açúcar que deu origem ao local. Em 1654, após a Restauração Pernambucana, o capitão Antonio Borges Uchoa restaurou o engenho e, no ano seguinte, construiu a Ponte d’Uchoa sobre o Rio Capibaribe, conectando a região ao restante da cidade. A ponte permanece como um marco histórico do bairro.
O nome atual da Torre deriva da torre da capela do engenho, originalmente dedicada a Nossa Senhora do Rosário. Embora reformada em 1781, 1867 e 1912, a devoção popular por Santa Luzia transformou a construção, hoje conhecida como Igreja de Santa Luzia, em um símbolo religioso local.
No século XX, a Torre destacou-se como um bairro operário ligado à indústria têxtil, sendo pioneiro nesse setor em Pernambuco. A construção de vilas operárias para os trabalhadores fomentou o desenvolvimento de espaços culturais, como os históricos Cine Teatro Modelo e Cine Torre, que marcaram a vida social da região.
Atualmente, a Torre é um bairro que equilibra tradição e modernidade, preservando sua história enquanto avança como um espaço residencial vibrante e acolhedor. Com um passado rico e forte identidade cultural, a Torre continua sendo uma parte essencial do Recife.
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