A história documentada do bairro começou em 1567, quando os 120 portugueses que haviam fundado a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro dois anos antes, no Morro Cara de Cão, se transferiram para o Morro do Castelo, que oferecia melhores condições de expansão para a cidade. A partir desse morro, a cidade se expandiu nos séculos seguintes, passando a ocupar toda a área atualmente chamada de Centro. Em 1780, o Rio de Janeiro estava dividido em quatro freguesias urbanas: São Sebastião (criada em 1569, 4 anos após a fundação da cidade), a sede no Morro do Castelo; Freguesia da Candelária (criada em 1621 segundo algumas fontes, em 1624 segundo outras); Freguesia de São José e Freguesia de Santa Rita (ambas criadas em 1721), além das freguesias rurais. Posteriormente, por desmembramentos, foram criadas as freguesias de Santana, Sacramento, Santo Antônio (1854) e Espírito Santo (1865). Ao centro da imagem, a Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro. À direita no alto, o edifício sede da Petrobras. Em 1921, visando à preparação da festa em comemoração ao centenário da independência brasileira, o Morro do Castelo foi derrubado, dando lugar à atual região do Castelo.
A partir de 1980, o Centro entrou em um declínio socieconômico com o início da "euforia" imobiliária da Barra da Tijuca; mas, desde 2009, o Centro vem passando por um intenso e rápido processo de valorização e revitalização através do programa Porto Maravilha, comandado pela prefeitura e com apoio do Ministério das Cidades e do setor privado. Preterido em favor da Zona Sul da cidade durante a maior parte do século XX, passou a receber crescentes investimentos por parte de empreendedores do mercado imobiliário. Tem assistido a um grande número de obras de restauração e de modernização de velhos edifícios, bem como à construção de novos edifícios, visando, entre outros motivos, a superar seu atual deficit na hotelaria. Geografia É cortado pela Avenida Presidente Vargas, Avenida Rio Branco e Avenida Rodrigues Alves, que atualmente está em uma drástica transformação urbana devido à demolição do Elevado da Perimetral. Em 2012, uma larga porção do bairro passou a constituir o bairro próprio da Lapa[.
Devido ao grande número de moradores de várias partes da área metropolitana que trabalham no núcleo, o Centro é servido por linhas municipais e intermunicipais de ônibus, trens, metrô e barcas que o ligam aos bairros das zonas Sul, Norte e Oeste do município do Rio, bem como à maioria das localidades dos municípios de Duque de Caxias, São João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis, Mesquita, Nova Iguaçu, Queimados, Japeri, Paracambi, Seropédica, Itaguaí, Magé, Guapimirim, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Tanguá e Maricá, na região do Grande Rio. Cultura No Centro, localizam-se alguns monumentos e edifícios famosos, como o Cinema Odeon, o Teatro Municipal, o Chafariz Mestre Valentim, o Palácio Tiradentes - sede da câmara de deputados estaduais, o Palácio Duque de Caxias, a Biblioteca Nacional do Brasil (fundada por Dom João VI), a Estação Central de Metrô e Trem e tantos outros que se destacam na paisagem histórica, arquitetônica e cultural do Rio de Janeiro.
Possui atualmente 23 instituições museológicas, liderando a lista de bairros cariocas com mais opções de cultura. São inúmeras as igrejas históricas localizadas no bairro. Dentre as mais conhecidas, podemos citar: a Igreja de Nossa Senhora do Monte Serreado, anexa ao Mosteiro de São Bento, a Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo, a Igreja de Santa Cruz dos Militares, as igrejas de Santo Antônio e da Ordem Terceira de São Francisco anexas ao Convento de Santo Antônio, a Capela do Menino Deus, a Igreja de Nossa Senhora da Candelária, a Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, a Igreja de Santa Rita de Cássia, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, a Igreja de Santa Luzia, a Igreja de São José, a Igreja da Ordem Terceira do Carmo, entre outras.
É um bairro de grande interesse turístico, normalmente para aqueles que têm curiosidade sobre o Brasil Colônia e o Império do Brasil.
Na região, ficam o Paço Imperial e o Convento do Carmo, que é a única edificação das Américas onde morreu uma monarca europeia, a rainha de Portugal Dona Maria I, a Louca, e o Museu Histórico Nacional, um dos maiores e mais antigos do país. Além de antiguidades, possui também algumas preciosidades do modernismo, como o Edifício Gustavo Capanema, projetado por Le Corbusier, Niemeyer e Lúcio Costa entre outros, com seus azulejos e afrescos interiores de Portinari.
Sucesso!